As prioridades trazidas pela pandemia para o mundo atual lançaram luz a um importante tema e que reforçamos há algum tempo: disciplina financeira. No meio dessa mudança de hábitos, a Capitalização se mostra como solução e cria uma oportunidade em meio à sua simplicidade, facilidade de acesso e às chances de premiação. Por estarmos atentos aos movimentos do nosso tempo, acoplando soluções para os mais diversos públicos, permanecemos no mercado brasileiro há mais de noventa anos.
Temos grandes oportunidades e, sem dúvida, estamos falando de um mercado aquecido. Em 2022, segundo números divulgados pela Susep - Superintendência de Seguros Privados, alcançamos a receita de R$ 28,39 bilhões, alta de 16,9% no acumulado, se comparado a 2021. As reservas técnicas, que medem a robustez financeira do setor, totalizaram R$ 37,19 bilhões, com aumento significativo de 12,10%. Injetamos na economia mais de R$ 21,60 bilhões entre resgates e premiações de sorteios. Foi um ano bom também em todas as regiões do país, com aumento de dois dígitos na venda de títulos. O Norte ganhou a liderança com maior crescimento (29,90%), passando de R$ 890 milhões de receita, em títulos comercializados, para mais de R$1 bilhão. Em seguida, há o Nordeste (25,99%), Centro-Oeste (21,46%), Sul (16,29%) e Sudeste (13,90%). Ou seja, visivelmente há um interesse maior da sociedade – e uma melhor compreensão, dado o esforço conjunto da CNseg, da nossa Federação e das associadas, - sobre nossos produtos, em todo o país.
Temos a capacidade de trazer soluções para uma carteira ampla de clientes, com objetivos diferentes e perfis de comportamento e consumo variados. Além da disciplina financeira, o segmento também está presente como elemento importante para a garantia de contratos, como os de locação de imóveis ou qualquer outro tipo de negócio, com impacto direto para as relações de negócio e a economia do país. Figura ainda na modalidade de Incentivo, em que as seguradoras, por exemplo, são consumidoras em potencial, com objetivo de fidelizar clientes e construir um relacionamento mais próximo. Elas se utilizam desses títulos como promoções comerciais, adquirindo séries inteiras para oferecer a possibilidade de sorteios e prêmios aos seus clientes. Há também as doações que a Capitalização garante para o terceiro setor, essência da modalidade de Filantropia Premiável, que também contribuiu bastante para este cenário positivo do nosso mercado como um todo.
É notório que todos esses caminhos têm sido trilhados, cada vez mais, em linha com o mundo digital, que ainda terá forte presença este ano nas estratégias das empresas de Capitalização. A Capitalização, como propulsora da economia, devolvendo importantes recursos à sociedade por meio de resgates e sorteios, também tem se focado para atender esses novos consumidores com pesados investimentos em tecnologia e canais digitais. É nessa direção que os mais diversos mercados estão investindo, buscando ainda reforçar pilares de crescimento sustentável baseados nas iniciativas ESG. É latente o desejo por soluções customizadas a um clique em todos os setores. A tecnologia, sem dúvida, continuará sendo uma grande aliada para a expansão dos negócios, em 2023. Mesmo com o vento soprando a nosso favor, temos alguns desafios, como desmistificar o produto, tornar a linguagem mais próxima e acessível, com uma comunicação que possa popularizar cada vez mais os títulos de Capitalização. O aspecto lúdico dos sorteios, claro, é um excelente chamariz. Mas é preciso ratificar o quanto nosso segmento é um negócio que pode apoiar os mais diversos projetos, de diferentes setores. Os números são excelentes e nos dão a certeza de que podemos vislumbrar e manter bons resultados. Junto com as associadas, fortaleceremos cada vez mais o setor, aproveitando oportunidades e participando diretamente das transformações sociais e econômicas do país.
Denis Morais, Presidente da Federação Nacional de Capitalização, FenaCap