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Capitalização volta a crescer

Confira o artigo do Diretor-Executivo da FenaCap, Carlos Corrêa

02 de Junho de 2021 - Artigos

No primeiro bimestre de 2021, o setor de títulos de capitalização voltou a crescer. A receita avançou 2,3% em relação a igual período de 2020, alcançando R$ 3,8 bilhões. Esse desempenho ganha significado especial por duas razões: trata-se de um resultado obtido em meio à crise, tendo como base comparativa o período pré-pandemia; e estamos nos referimos a um segmento fortemente influenciado pelos níveis de emprego e renda, ainda muito impactados. Outros indicadores mostram que, nesses dois primeiros meses do ano, houve uma queda de 5,4% em resgates parciais e de fim de vigência de títulos de capitalização, que totalizaram R$ 3,1 bilhões.

O que esses números apontam? Que em momentos de grande incerteza, as pessoas tendem a ficar mais cautelosas. Ou seja, quem tinha alguma reserva financeira e não teve necessidade imediata de resgatar esses recursos, adiou planos de consumo e manteve o dinheiro guardado. É o que corrobora pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em fevereiro. “As famílias continuam consumindo, mas com cautela”, aponta o levantamento. O indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apurado pela CNC em fevereiro de 2021 alcançou o patamar de 74,2 pontos, o maior resultado desde maio de 2020 (81,7 pontos). Contudo, após o ajuste sazonal, a série apresentou a primeira queda mensal (-0,6%), depois de cinco meses consecutivos de alta, o que é atribuído ao cenário de incertezas econômicas.

Por outro lado, muita gente economizou, pois as restrições de mobilidade, aliadas às medidas de distanciamento social, recomendadas pelas autoridades de saúde, levaram as pessoas a consumir menos serviços – tais como viagens, reduzindo também os gastos com academia, salões de beleza e atividades de lazer como a ida ao cinema, teatros e restaurantes. Possivelmente, foi essa mudança de comportamento que impulsionou a elevação da taxa de poupança da economia brasileira, que ficou 15%, em 2020, de acordo com estatísticas divulgadas pelo IBGE em março passado. Segundo o Instituto, essa foi a taxa anual mais forte desde 2016 (16,1%), situação atribuída ao menor gasto das famílias, especialmente das mais abastadas.  

 Mas, no geral, esses indicadores nos levam a concluir também que, em meio a tantas incertezas, muitas pessoas possam ter se conscientizado da importância de manter uma reserva para fazer frente a situações inesperadas. O estudo da CNC reforça essa análise: “o principal fator de influência para o resultado negativo do mês (intenção de consumo em fevereiro) foi o mercado de trabalho. Tanto as incertezas sobre a manutenção do emprego atual quanto as perspectivas de mudança de emprego e melhora da renda podem ter impactado essa percepção das famílias. A maioria das famílias (54,9%) acredita que vai consumir menos nos próximos três meses”, conclui o estudo.

Nesse contexto, os títulos de capitalização, especialmente os da modalidade Tradicional, que são uma solução para quem quer juntar dinheiro e ainda concorrer a prêmios em sorteios regulares, tem tido um desempenho positivo. Trata-se de um instrumento de educação financeira, carro-chefe do mercado de capitalização (responde por mais de 70% do faturamento global), que ajuda famílias e pessoas a formar reservas de maneira programada, seja para realizar planos, seja para fazer frente a situações emergenciais. 

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